Union’s
Property

Four machettes assume the shape of indigenous territories (Yanomami,
Xingu, Paresi, Utiariti). The morphology
of the territory-machettes brings to light
the ambiguity of these objects, which
exists as much as tools as weapons. The territory shaped machettes and the cutting edge rise the discussion
regarding frontiers and territorial claims,
common theme in the actual reality of
indigenous people in Brazil.
Part of the próprio-impróprio exhibition, at Galeria Leme, São Paulo, 2016
Union´s Property, 2016
Water cut steel, plastic and enamel
4 pieces, 120 x 165 cm total
Union´s Property, 2016
Water cut steel, plastic and enamel
4 pieces, 120 x 165 cm total
Quatro facões ganham o formato de Territórios Indígenas (Yanomami, Parque do Xingu, Paresi, e Utiariti e Rikibaktsa). A morfologia dos facões-territórios traz a tona a ambiguidade destes objetos, existentes tanto como ferramentas, quanto armas. O formato em território dos facões e o fio de corte levantam uma discussão a respeito das fronteiras e das reivindicações territoriais, tema comum na atual realidade dos povos indígenas no Brasil.
O título “Propriedade da União” expressa uma ambiguidade em relação a este esforço por delinear territórios: ao mesmo tempo em que esta é a expressão utilizada para denominar as Terras Indígenas (que tem seu usufruto, mas continuam sendo posse do Governo Federal), as palavras que compõem a expressão, se tomadas em sentido literal, fazem referência a um esforço de militância desses povos, como um segmento específico da população. Assim como a ferramenta é arma e a superfície de corte se transforma em território, a expressão se desdobra em outros significados.
Propriedade da União, 2016
4 peças em aço cortado em jato d’água no formato de quatro territórios indígenas, polietileno e esmalte.
120 x 165 cm